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Conheça a origem da lápide mais antiga dos EUA

Adornada com imagens de um cavaleiro e um escudo de armas, foi originalmente colocada na segunda igreja de Jamestown, um dos primeiros assentamentos ingleses nas Américas

Conheça a origem da lápide mais antiga dos EUA
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Uma descoberta inovadora sobre a lápide mais antiga dos Estados Unidos, datada de 1627, lança luz sobre o comércio global da época e oferece novos detalhes sobre as origens do memorial. A chamada "Lápide do Cavaleiro", que se encontra na histórica cidade de Jamestown, Virgínia (EUA), é um importante vestígio do período colonial e tem despertado o interesse de arqueólogos e historiadores. Recentemente, uma análise de microfósseis revelou uma conexão inesperada com a Bélgica, desafiando as ideias pré-existentes sobre as origens da pedra funerária.

A lápide, adornada com imagens de um cavaleiro e um escudo de armas, foi originalmente colocada na segunda igreja de Jamestown, um dos primeiros assentamentos ingleses nas Américas. A partir de uma análise cuidadosa dos microfósseis presentes no calcário da pedra, cientistas descobriram que os organismos preservados são originários da Europa. A investigação indicou que a pedra foi provavelmente importada de uma região da Bélgica conhecida por seu comércio de lápides, o que indica a presença de uma rede de comércio internacional na época.

Marcus Key, geocientista e principal autor do estudo, comentou que a descoberta revela a complexidade das transações econômicas do século 17, sugerindo que a compra e o transporte de tais lápides eram acessíveis apenas para a elite colonial. "Essas pedras são incrivelmente pesadas e o custo do transporte é significativo. Para um colonizador de Jamestown adquirir uma, seria um grande luxo, reservado a pessoas de alto status social e financeiro", afirmou Key.

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A lápide é tradicionalmente associada a Sir George Yeardley, um importante governador de Jamestown e figura central na história da Virgínia, que desempenhou um papel relevante nos primeiros anos do assentamento. Yeardley foi nomeado cavaleiro em 1618 e acredita-se que tenha falecido em 1627, o que explicaria a presença da lápide em sua sepultura. A análise arqueológica recente reforçou essa hipótese, com escavações realizadas na igreja revelando restos humanos que podem ser de Yeardley.

Para Mary Anna Hartley, arqueóloga envolvida no estudo de Jamestown, a descoberta destaca o significado cultural e histórico do local. "Jamestown é um ponto de encontro de várias culturas e povos — ingleses, nativos americanos, africanos — e compreender o contexto dessas interações é essencial para entender a formação da sociedade americana", disse Hartley.

Além de revelar as origens da lápide, a pesquisa também sugere a riqueza e o prestígio de Sir George Yeardley, cuja morte teria exigido um funeral digno de sua posição. A descoberta é um testemunho do comércio global do início do século 17 e de como figuras poderosas da época buscavam perpetuar suas memórias por meio de monumentos elaborados, que ainda hoje resistem ao teste do tempo.

A investigação sobre a lápide de Jamestown continua, e novas análises, como testes de DNA dos restos humanos encontrados, podem trazer mais respostas sobre a identidade da pessoa sepultada. Com isso, Jamestown permanece como um dos locais mais fascinantes para compreender as raízes da cultura americana.

Fonte/Créditos: Com informações de CNN

Créditos (Imagem de capa): Divulgação / Redes sociais

Thaís Milena - Estagiária do Grupo Balo sob a supervisão de Heberton Lopes

Publicado por:

Thaís Milena - Estagiária do Grupo Balo sob a supervisão de Heberton Lopes

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