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Como a sexualidade está ligada ao bem-estar

A importância da educação e do autoconhecimento

Como a sexualidade está ligada ao bem-estar
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Discutir a sexualidade na sociedade sempre foi um tema desafiador, muitas vezes envolto por tabus e preconceitos. Contudo, a compreensão desse aspecto da vida humana vai além da simples curiosidade: trata-se de um elemento essencial para o bem-estar físico, mental e emocional dos indivíduos. A educação sexual, mais do que uma necessidade, é uma ferramenta poderosa para a promoção de uma sociedade mais saudável, consciente e respeitosa.

De acordo com a UNAIDS, a educação integral em sexualidade tem se mostrado eficaz na redução da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, no aumento do uso de métodos contraceptivos e no adiamento de comportamentos de risco, como o início precoce das relações sexuais. Ao compreender as diversas facetas da sexualidade, as pessoas tornam-se mais preparadas para tomar decisões informadas sobre seu corpo, suas relações e sua saúde.

A sexualidade humana, longe de ser uma questão unidimensional, envolve uma série de fatores físicos, psicológicos, sociais e culturais. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em sua definição mais recente, a considera um aspecto central do ser humano, que abrange não apenas o sexo, mas também a identidade de gênero, a orientação sexual, o prazer e a intimidade. Para a OMS, a sexualidade é experimentada de maneira única por cada indivíduo e se reflete em pensamentos, atitudes, crenças, comportamentos e práticas.

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A Sexualidade ao Longo da Vida

É fundamental entender que a sexualidade não tem idade. Ela é uma constante ao longo de toda a vida, desde a infância até a terceira idade. A forma como abordamos esse tema em cada fase do desenvolvimento humano, no entanto, deve ser sensível e adequada. A UNESCO, em suas diretrizes de 2018, orienta que a educação em sexualidade seja ajustada conforme a faixa etária, sempre promovendo um ambiente de respeito e de diálogo aberto. 

  • De 5 a 8 anos: as crianças começam a explorar seu próprio corpo e a estabelecer laços afetivos com os outros, sendo natural que sintam curiosidade sobre as diferenças de gênero e as noções de privacidade.

  • De 9 a 12 anos: a curiosidade sobre a sexualidade se intensifica, com as crianças fazendo perguntas sobre o tema e precisando de respostas claras e seguras de adultos confiáveis.

  • De 12 a 15 anos: a adolescência é marcada pelo despertar dos sentimentos sexuais e pela busca por identidade sexual. O diálogo aberto com os pais e educadores torna-se fundamental.

  • De 16 a 18 anos: já na fase da juventude, a sexualidade é complexa e multidimensional, envolvendo questões biológicas, emocionais e culturais que evoluem com o tempo.

Sexualidade e bem-estar: 

Quando entendemos nossa sexualidade de forma plena, conseguimos ter uma relação mais saudável com nosso corpo e com os outros, o que reflete positivamente em nossa qualidade de vida. A pesquisadora Ragnar Anderson, em seu estudo sobre a sexualidade positiva, destaca três pilares que influenciam diretamente o bem-estar geral: a satisfação sexual, a autoestima sexual e o prazer sexual. Esses fatores não apenas melhoram a saúde sexual, mas também têm impacto na saúde mental e física.

  • Saúde sexual: maior conhecimento e uso de métodos contraceptivos, além de comportamentos mais seguros, como a redução de práticas sexuais de risco.

  • Saúde mental: uma visão positiva da própria sexualidade pode promover maior assertividade, autoestima e uma melhor comunicação com o parceiro, fatores essenciais para relações saudáveis.

  • Saúde física: a satisfação sexual também está associada a benefícios físicos, como redução do estresse, da ansiedade e até mesmo aumento da longevidade.

Ao integrar esses aspectos, a sexualidade positiva contribui para o aumento da qualidade de vida. Como Anderson observa, as experiências e os aspectos positivos da sexualidade têm impacto direto nos relacionamentos interpessoais e na satisfação geral com a vida.

Promover a educação sexual de forma abrangente e adaptada a cada fase da vida não é apenas uma questão de saúde pública, mas também uma necessidade para construir uma sociedade mais inclusiva e bem-informada. O autoconhecimento sexual é, sem dúvida, um dos pilares de uma vida saudável, e isso começa com a educação. Compreender a sexualidade como um aspecto integral da identidade humana nos torna mais empáticos, respeitosos e preparados para viver de forma plena e consciente.

Fonte/Créditos: Com informações de Telavita

Créditos (Imagem de capa): THINKSTOCK

Thaís Milena - Estagiária do Grupo Balo sob a supervisão de Heberton Lopes

Publicado por:

Thaís Milena - Estagiária do Grupo Balo sob a supervisão de Heberton Lopes

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