A dor da perda de um ente querido pode ir além do impacto emocional e afetar diretamente a saúde física. Um estudo conduzido pela Columbia University School of Public Health e o Butler Columbia Aging Center revelou que o luto pode acelerar o envelhecimento biológico, tornando as pessoas mais vulneráveis a doenças crônicas e aumentando os riscos de morte prematura e demência. A pesquisa, publicada na JAMA Network Open, analisou como o luto impacta o envelhecimento, principalmente quando a perda ocorre em diferentes estágios da vida.
De acordo com a pesquisa, o envelhecimento biológico, medido por marcadores de DNA conhecidos como "relógios epigenéticos", é mais acelerado em pessoas que perderam entes queridos na infância ou na vida adulta jovem. A análise dos dados mostrou que o número de perdas ao longo da vida também está relacionado ao envelhecimento precoce. Perder um pai, por exemplo, pode aumentar o risco de problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, além de doenças cardíacas e problemas cognitivos.
O estudo, que utilizou dados do National Longitudinal Study of Adolescent to Adult Health, acompanhou mais de 20 mil participantes desde a adolescência até a vida adulta, identificando que pessoas que sofreram múltiplas perdas, especialmente na vida adulta, têm idades biológicas mais avançadas do que aquelas que enfrentaram uma única perda ou nenhuma.
Para os pesquisadores, a pesquisa reforça a importância de fornecer apoio psicológico e recursos para aqueles que estão lidando com o luto, especialmente em grupos mais vulneráveis, como negros e hispânicos. As evidências sugerem que o impacto do luto na saúde pode ser ainda mais severo quando as perdas são repetidas ao longo do tempo.
Fonte/Créditos: Com informações de CNN Brasil
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