O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou, em junho de 2024, o reconhecimento da ufologia como uma ocupação oficial, incluindo o estudo de objetos voadores não identificados (óvnis) e fenômenos sobrenaturais na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Embora ainda não seja uma profissão regulamentada, o reconhecimento é considerado um marco para pesquisadores da área.
A ufologia foi inserida na categoria de "esotéricos e paranormais", permitindo que os ufólogos orientem pessoas, ministrem cursos e realizem estudos relacionados ao tema. A CBO, que lista mais de 2.700 ocupações, recebeu 19 novas adições, entre elas a de instrutor de meditação, confeccionador de perucas e facilitador de biodança.
Júlio Acosta-Navarro, que, além de diretor da Academia Latino-Americana de Ufologia Científica, é ainda cardiologista com doutorado pelo Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP, foi uma das figuras centrais no processo que levou ao reconhecimento da ufologia pelo MTE. A proposta foi encaminhada após debates promovidos pela academia, que defende a importância da ufologia como uma forma de expandir os horizontes do conhecimento humano, a despeito do ceticismo enfrentado pela área.
"Nenhum país no mundo tomou uma atitude, um reconhecimento disso. Se olharmos o histórico de reconhecimento por lei, veremos que é algo que acontece posteriormente à consagração de uma determinada profissão. Nesse sentido, acredito que mais à frente se reconhecerá ainda mais, como profissão e com ingresso no ensino", disse, em entrevista ao UOL, o peruano naturalizado brasileiro.
Com a inclusão recente, ainda não há dados estatísticos a respeito da ocupação, mas a expectativa é de que o reconhecimento fortaleça o campo de estudo no Brasil e incentive a produção de novas pesquisas sobre fenômenos extraterrestres.
Fonte/Créditos: Com informações do R7 e UOL
Créditos (Imagem de capa): Getty Images