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Neuralink, de Elon Musk, volta a testar chips cerebrais, mas co-fundador alerta para riscos

Benjamin Rapoport, ex-sócio de Musk, critica potencial de danos ao cérebro

Neuralink, de Elon Musk, volta a testar chips cerebrais, mas co-fundador alerta para riscos
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Empresa de neurotecnologia fundada por Elon Musk, a Neuralink anunciou, em julho, a retomada de testes em humanos para seu implante cerebral, após problemas iniciais. A tecnologia visa permitir que pacientes controlem dispositivos eletrônicos apenas com o pensamento, oferecendo “superpoderes”, segundo o bilionário, através da chamada interface cérebro-computador (BCI).

Noland Arbaugh, jovem de 29 anos que ficou tetraplégico depois de um acidente, foi o primeiro paciente a testar o chip. Conforme vídeo divulgado pela companhia em março, ele demonstrou, por um curto período, a capacidade de mover o cursor de um computador mentalmente. No entanto, após a cirurgia, 85% da conexão com o chip foi perdida devido à retração dos eletrodos. A Neuralink afirma que solucionou a questão e estuda a possibilidade de testar o dispositivo em cinco novos pacientes ainda em 2024.

Embora a empresa fundada em 2016 celebre avanços tecnológicos, como a inserção de cabos mais profundos no cérebro, a segurança desses implantes vem causando preocupação. Benjamin Rapoport, neurocirurgião e cofundador da Neuralink, revelou ao podcast "The future of everything", do The Wall Street Journal, ter deixado a startup em 2018, apreensivo com os riscos de lesões cerebrais provocadas pelos microeletrodos invasivos. O médico defende uma abordagem menos intrusiva, a exemplo da adotada por sua nova empresa, Precision Neuroscience, que utiliza eletrodos de superfície.

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Além das preocupações quanto ao bem-estar dos humanos, a Neuralink enfrenta também denúncias de abusos contra animais durante os testes de seus chips. O Comitê de Médicos para a Medicina Responsável (PCRM) relatou que os experimentos resultaram na morte de aproximadamente 1.500 animais, incluindo macacos, ovelhas e porcos. Documentos alegam que alguns primatas foram submetidos a até 10 cirurgias no crânio antes de serem sacrificados, e muitos sofreram de diarreia com sangue, paralisia e inchaço cerebral.

 

Fonte/Créditos: Com informações de Ana Carolina Nunes / Época Negócios, Alice Andersen / Revista Fórum e O Globo

Créditos (Imagem de capa): Getty Images

Thaís Milena - Estagiária do Grupo Balo sob a supervisão de Heberton Lopes

Publicado por:

Thaís Milena - Estagiária do Grupo Balo sob a supervisão de Heberton Lopes

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