Embora a morte súbita durante a atividade sexual seja frequentemente associada a homens mais velhos, um novo estudo revela que ela pode atingir também pessoas mais jovens. Pesquisadores da St George’s, Universidade de Londres, publicaram na JAMA Cardiology dados que mostram que a média de idade de mortes relacionadas ao sexo é de apenas 38 anos.
O estudo, que analisou 6.847 mortes súbitas entre 1994 e 2020, revelou que 17 ocorrências (0,2% do total) ocorreram durante ou até uma hora após a relação sexual. Curiosamente, a pesquisa também destacou um dado importante: 35% das mortes foram em mulheres, uma proporção mais alta do que estudos anteriores haviam mostrado.
Entre as causas mais comuns para esses óbitos em indivíduos mais jovens, a pesquisa encontrou a síndrome de morte arrítmica súbita, responsável por 53% dos casos. Essa condição ocorre quando o ritmo cardíaco se torna anormal de forma repentina, interrompendo a circulação sanguínea. A dissecção aórtica, onde as camadas da parede da principal artéria do corpo se rompem, também foi uma causa relevante, representando 12% dos casos. Outras causas incluíram anomalias estruturais do coração e doenças genéticas raras, como as canalopatias, que afetam a condução elétrica do coração.
Embora esses eventos ainda sejam extremamente raros, o estudo reforça a importância da avaliação médica para jovens diagnosticados com problemas cardíacos, como arritmia ou cardiomiopatia. Para esses pacientes, o aconselhamento médico sobre os riscos associados à atividade sexual é fundamental para a prevenção de complicações fatais.
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