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Cemitério é descaracterizado em Rondônia

Moradores da comunidade Paulo Leal, em Porto Velho, perdem a referência do local onde entes estão sepultados

Cemitério é descaracterizado em Rondônia
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Os cemitérios possuem um valor inestimável para a sociedade, servindo como locais que preservam a história de um povo. No caso da comunidade Paulo Leal, em Porto Velho (RO), parte dessa memória está se apagando devido à descaracterização de sua necrópole histórica. Moradores relatam que um fazendeiro expandiu suas terras de maneira indevida, alterando cercas e eliminando o cemitério onde estão enterrados seus ancestrais. As informações foram publicadas pelo portal G1.

Fundada em 1958, a comunidade Paulo Leal encontra-se a aproximadamente 25 quilômetros de Porto Velho, cercada por cinco fazendas. Além dos problemas relacionados ao cemitério, a comunidade enfrenta a aplicação de agrotóxicos próximos às casas. De acordo com relatos e vídeos fornecidos ao G1, os produtos químicos são pulverizados a menos de 10 metros das residências, afetando a saúde dos moradores e dos animais.

Francisco Geraldo ao lado do Cemitério que foi descaracterizado na comunidade Paulo Leal — Foto: g1 RO

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Francisco Geraldo ao lado do Cemitério que foi descaracterizado na comunidade Paulo Leal — Foto: g1 RO

Francisco Geraldo, um dos moradores, expressou a sensação de estar sendo sufocado: "A sensação que temos é de que estamos sendo sufocados, engolidos, como se estivessem tentando apagar a nossa identidade. As pessoas que estão aqui não são invasoras; moramos há mais de 50 anos nessas terras, e elas são regularizadas". Ele também destacou que "esse cemitério é da comunidade, está na área onde toda a história começou. O fazendeiro modificou a cerca da propriedade dele e descaracterizou o cemitério".

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que instituições como o Ibama e a Idaron investiguem a situação para garantir a proteção da saúde dos moradores. José Pereira, de 69 anos, residente próximo à produção de soja, relatou: "Nós sentimos sufocamento, formigamento no nariz e tossimos constantemente", destacando os efeitos adversos dos agrotóxicos. Isaura Nascimento, outra moradora, mencionou que seus animais também sofrem com as substâncias: “Todo dia eu encontro um pintinho morto no quintal e eu acho que é por causa do veneno que jogam na soja, porque em outros lugares isso não acontece".

As medidas solicitadas pelo MPF incluem identificar os agentes que utilizam agrotóxicos, notificar as autoridades competentes e manter um canal de comunicação aberto com a comunidade, conforme estabelecido pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A situação continua a ser monitorada pelas autoridades e pela comunidade.

Fonte/Créditos: Com informações do G1

Créditos (Imagem de capa): G1 RO

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